Este artigo propõe-se refletir sobre a relação entre o processo de ‘desportivização’ do automobilismo e as motivações que a elite local projetava sobre a modalidade, averiguando de que forma se coadunavam com a ideia da unidade do império. Procura-se explicar como os critérios sociais de entrada neste desporto foram evoluindo e como isso era revelador de rivalidades e dinâmicas económicas mais amplas que moviam os investidores a apostarem na modalidade para promover as suas marcas. A construção do Autódromo de Luanda e a internacionalização das ‘6 horas de Nova Lisboa’ ajudaram a popularizar a modalidade incentivando vínculos identitários locais que ora se articularam com os interesses do governo ora com interesses autonomistas de uma elite local.
Purchase
Buy instant access (PDF download and unlimited online access):
Institutional Login
Log in with Open Athens, Shibboleth, or your institutional credentials
Personal login
Log in with your brill.com account
Adair, D. 1998, “Spectacles of Speed and Endurance: The Formative Years of Motor Racing in Europe”, in L. Holden, D. Thoms, and T. Claydon eds., The Motor Car and Popular Culture in the 20th Century, Aldershot, Ashgate: 120-134.
Barbeitos, A. 2011, Angola-Portugal – representações de si e de outrem ou o jogo equívoco das identidades, Luanda, Edições kilombelombe.
Al Aswany, A. 2016, An Automobile Club in Egypt, Vintage, Reprint edition.
Barlow, T. 1997, Formations of Colonial Modernity in East Asia, Durham, Duke University Press.
Barthes, R. 1991 [1957], Mythologies, New York, The Noonday Press.
Bettencourt, J. 1965, “Subsídio para o Estudo Sociológico da População de Luanda”, Boletim do Instituto de Investigação Científica de Angola, 2 (1): 83-130.
Bittencourt, M. and Melo, V. 2016, “Esporte, economia e política: o automobilismo em Angola (1957-1975)”, Topoi, 17 (32): 196-222, consultado em 15 setembro 2018. http://dx.doi.org/10.1590/2237-101X0173211, ISSN 1518-3319.
Callixto, V. 1972, Viagem transafricana – Angola – Moçambique em automóvel, edição do autor, Lisboa.
Castelo, C. 1998, “O modo português de estar no mundo” – o luso-tropicalismo e a ideologia colonial portuguesa 1933-1961, Porto, Afrontamento.
Dine, P. and Rey, D. 2012, “Le football en Guerre d’Algérie”, Matériaux pour l’histoire de notre temps, 106: 27-32.
Dinis, A. 2001, NICHA – Mário de Araújo Cabral, Algés, Talento edições.
Domingos, N. 2015, As linguagens do futebol em Moçambique. Colonialismo e cultura popular, Rio de Janeiro, 7 Letras.
Elias, N. and Dunning, E. 1994 [1986], Sport et civilisation – la violence maîtrisée, Fayard.
Freudenthal, A. 2000, “Reflexões para um Projecto de História Oral”, in Dias, Jill R., & Cruz, R. Silva eds., Actas do Seminário Internacional sobre a História de Angola, Construindo o passado angolano: as fontes e a sua interpretação, 4-9 de agosto de 1997, Luanda-Lisboa: Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses.
Gilroy, P. 2001, “Driving While Black”, in D. Miller ed., Car cultures, Berg Publishers: 81-104.
Guerra, H. 1979, Angola – Estrutura Económica e Classes sociais – os últimos anos do colonialismo português em Angola, Edições 70, Lisboa.
Havik, P. J. 2009, “Motor cars and modernity: Pining for progress in Portuguese Guinea, 1915-1945”, in J. B. Gewald et al., The speed of change: motor vehicles and people in Africa, 1890-2000, Afrika-Studiecentrum series; 13, 2009.
Henriques, I. C. 2000, “A Sociedade Colonial em África. Ideologias, hierarquias, quotidianos”, in F. Bethencourt e K. Chaudhuri eds., História da Expansão Portuguesa, Temas e Debates, Lisboa, Vol. 5: 216-274.
Mom, G. 2014, Atlantic Automobilism – emergence and persistence of the car 1895-1940, Berghahn Books.
Nascimento, W. S. 2015, “Das Ingombotas ao Bairro Operário: políticas metropolitanas, trânsitos e memórias no espaço urbano luandense (Angola, 1940-1960)”, Locus – Revista de História, 21 (1): 79-101.
Neto, M. da C. 2003, “Nas malhas da rede: O impacto económico e social do transporte rodoviário na região do Huambo c. 1920-c. 1960”, International Symposium ‒ Angola on the Move: Transport Routes, Communication and History, Berlin, 24-26 September 2003, consultado em 15 setembro 2018. http://www.zmo.de/angola/papers/Neto_(26-01-2005).pdf.
Pirie, G. 2013, “Automobile organizations driving tourism in pre-independence Africa”, Journal of Tourism History, 5 (1): 73-91.
Rosas, F. 2018, História a História – África, Tinta da China, Lisboa.
Ross, K. 1996, Fast cars, clean bodies: Decolonization and the reordering of French culture, Cambridge-London, MIT Press.
Santos, F. 2010, F1: 50 anos em Portugal, Edições CTT, Clube do Coleccionador dos Correios.
Torres, A. 1983, “Pacto colonial e industrialização de Angola (anos 60-70)”, Análise Social, 1983, 19 (77/79): 1101-1119.
Van Eeden, J. 2012, “Picturing the road: Automobility in selected South African postcards”, Communicatio, 38 (1), 84-102, DOI: 10.1080/02500167.2011.627567.
Wheeler, D. & Pélissier, R. 2016 [2009], História de Angola. Lisboa, Tinta da China.
Angola: roteiro turístico, 1967?, António de Sousa. Arquivo ANIM – cinemateca portuguesa
Atualidades de Angola, nº121, 1970. Arquivo ANIM – cinemateca portuguesa
Atualidades de Angola, nº147, 1971. Arquivo ANIM – cinemateca portuguesa
Atualidades de Angola, nº152, 1971. Arquivo ANIM – cinemateca portuguesa
Atualidades de Angola, nº157, 1971. Arquivo ANIM – cinemateca portuguesa
Atualidades de Angola, nº158, 1971. Arquivo ANIM – cinemateca portuguesa
Atualidades de Angola, nº160, 1971. Arquivo ANIM – cinemateca portuguesa
Atualidades de Angola, nº164, 1971. Arquivo ANIM – cinemateca portuguesa
Atualidades de Angola, nº166, 1971. Arquivo ANIM – cinemateca portuguesa
Atualidades de Angola, nº178, 1972. Arquivo ANIM – cinemateca portuguesa
Horizonte Angolano, 1973, Roque, Elso e João Mendes. Produção da Direção Geral de Educação Permanente.
All Time | Past 365 days | Past 30 Days | |
---|---|---|---|
Abstract Views | 1223 | 147 | 12 |
Full Text Views | 22 | 0 | 0 |
PDF Views & Downloads | 25 | 2 | 0 |
Este artigo propõe-se refletir sobre a relação entre o processo de ‘desportivização’ do automobilismo e as motivações que a elite local projetava sobre a modalidade, averiguando de que forma se coadunavam com a ideia da unidade do império. Procura-se explicar como os critérios sociais de entrada neste desporto foram evoluindo e como isso era revelador de rivalidades e dinâmicas económicas mais amplas que moviam os investidores a apostarem na modalidade para promover as suas marcas. A construção do Autódromo de Luanda e a internacionalização das ‘6 horas de Nova Lisboa’ ajudaram a popularizar a modalidade incentivando vínculos identitários locais que ora se articularam com os interesses do governo ora com interesses autonomistas de uma elite local.
All Time | Past 365 days | Past 30 Days | |
---|---|---|---|
Abstract Views | 1223 | 147 | 12 |
Full Text Views | 22 | 0 | 0 |
PDF Views & Downloads | 25 | 2 | 0 |